sábado, 24 de abril de 2010

zen?

Foi ainda na escola de teatro que eu peguei este livrinho na mão, "A arte cavalheiresca do arqueiro zen". Com dezessete anos, e a ânsia de alcançar na interpretação algo parecido com a profundidade e a seriedade de um arqueiro oriental, devorei as poucas páginas do relato. Tudo que me lembro na verdade, é de me deparar pela primeira vez com a palavra "feericamente", dentro da frase, "O local de exercícios estava feericamente iluminado." Lembro que fiquei encantada com ela, de como uma palavra combinava com a outra e de como eu gostaria de estar naquela sala, junto com o arqueiro e seu discípulo, só para poder entender como seria um local feericamente iluminado. Qual seria a sensação de entrar naquela cúpula de luz, aparentemente sagrada. Lembro de mais uma coisa: a flecha é a extensão do braço e a atenção deve estar no alvo. Mas como vocês podem verificar na fotonovela abaixo, o local estava bastante iluminado; e meus trajes eram ocidentais demais para a prática, mas ainda que estivesse vestida feerica e corretamente, eu, na qualidade de arqueira, estou longe de ser zen.


(o alvo)



(a preparação da preparação)



(presença firme e compenetrada)


(a intolerância da lei da gravidade)
( triste fim da primeira e última tentativa)

_________________________________________________________________________________

e por falar em frio, segunda feira vou lá no masp, ler um conto do homem que escreveu a personagem que me levou até a Rússia. Estão todos convidados.

terça-feira, 13 de abril de 2010

making off


(entre um fotograma e outro, Mari Nogueira, Chris Couto, Martha Nowill e Cynthia Falabella)



Produzir ou não produzir, eis a questão. Atuar e produzir são definitivamente duas estradas paralelas, nas quais você tem que pedalar ao mesmo tempo, contrariando todas as leis da física. Dá trabalho, uma certa irritação e uma baita satisfação quando as coisas começam a acontecer. Eu sempre odiei esperar o telefone tocar, tanto nas questões amorosas quanto nas profissionais. Produzir é um jeito de driblar o deserto da espera e dos hiatos da vida de uma atriz. Se os convites para atuar, e somente atuar, aparecem no meio do caminho, tanto melhor.

A gente estréia no dia 27 de maio, "Meninas da Loja", de Caco Galhardo, com direção da minha multitalentosa amiga Fernanda D Umbra, direção de arte da Simone Mina!, trilha sonora do Carcarah e produção minha. No elenco Chris Couto, Cynthia Falabella, Mari Nogueira e esta que vos fala. Fabiana Vajman é minha nova velha super parceira de produção. Com esta equipe da pesada, vai ser legal.

As fotos da peça são do Bob Sousa, mas estas vieram da máquina fotográfica da Janaína, maquiadora.



(praticando o autoritarismo)