o teatro: um negócio que você constrói, sempre do zero, do solo. Ergue as paredes, passa os fios, coloca as tomadas.Quando a casa fica pronta, você entra e sai dela, milhares de vezes, até dominar, ou achar que domina, cada pedaço do trajeto. Dentro da casa uma familia, os barulhos, cheiros, a torneira quebrada, coisas com as quais você se habitua por gosto ou osmose. Um dia você estaciona seu carro, maquia, dá um gole no café, ouve atentamente o trecho inicial da trilha, pensa que deve pedir para alguém gravar um cd, entra em cena, faz a peça. Sai de cena. Na platéia uma moça, parecida comigo, me avisa que é o último dia de peça, pelo menos desta temporada. Que depois de tudo, da casa erguida, da maquiagem limpa, dos varais estendidos, o espetáculo acaba. Como todos os outros. "Já?", pergunto. Ela mostra os dentes, ri. Se abaixa para buscar um batom que rolou por baixo das cadeiras. "Você nunca vai se acostumar?".
Nunca.
------------------------última semana/ainda dá tempo--------------------------------------------
Caco. Muito obrigada. Fê... Chris, Cynthia, Mari, parceiras, amigas de cena e coxia, meninas e meninos, Simone, Ofélia, Rey, Ju, Fabi, Guilherme, Carca, Arara, Fred, Erika, a todos, muito obrigada, a cada um de vocês. Sei que voltaremos em breve, com essa e com outras! Valeu.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
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