neva dentro das casas
gavetas
e nos bolsos
neva nas óperas
onde se espera
para tossir
entre uma peça
e outra
neva nos arcos
dos violinos
nas testas
dos operários
do som
neva na fúria
e na doçura
dos meninos
meninas
e nos tolos
nas televisões de plasma
vasos
trilhos
em alguma coxa tenra
de mulher
ave
ou sonho
neva nos pensamentos recorrentes
entre os dentes
no rouge
cílios,
neva neve fresca
no gelo antigo
sujo de lama
e pedregulhos
que a terra rejeita
ou absorve
neva na terra
pelo ar
sobre a água
para o fogo
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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[o ritmo do horizonte, confunde-se com as pequenas coisas da vida; dançam em espiral, estonteando quem na palavra procura o passo certo... ei-lo!]
ResponderExcluirum imenso abraço, Martha
Leonardo B.
um imenso abraço p vc tb...e obrigada.
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